ESTEVÃO SOARES DE ALBERGARIA, GOVERNOU A
CAPITANIA DO RIO GRANDE DO NORTE, NO PERÍODO DE JUNHO DO ANO DE 1615 A 1617, FOI
PROCEDIDO POR FRANCISCO CALDEIRA
CASTELO BRANCO E SUCEDIDO POR AMBRÓSIO MACHADO CARVALHO
Foi nomeado Capitão-mor da Capitania do Rio Grande Norte por
alvará de 14 de setembro de 1613 (Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Lisboa,
Chancelaria de D. Filipe II, L. 29, fl. 241), mas só tomaria posse em junho de
1615. Conforme FREI JABOATÃO, citado por CÂMARA CASCUDO (1989, p. 94), este
personagem obtivera o posto de Capitão-mor por serviços (prestados) na Armada
Real. Pertencia a uma velhíssima (sic) família de Portugal, descendente de
Estevão Soares de Albergaria, o Velho, Senhor de Albergaria de Paio Delgado.
Efetivamente, participara dos eventos pela conquista da terra ao lado de
Mascarenhas Homem, Jerônimo de Albuquerque e Feliciano Coelho, entre outros. Em
outubro daquele ano (1615) Estevão Soares, atendendo ao despacho do
Governador-Geral Gaspar de Souza, então de passagem por Olinda, confirmou a
sesmaria que, a 11 de outubro de 1605, Jerônimo de Albuquerque tinha concedido
a Domingos Sirgo, também seu companheiro nas lutas de 1598, sesmaria esta que
não tinha sido contemplada na execução da distribuição das terras públicas pela
provisão de 28 de setembro de 1612 (LEMOS, 1912, p. 12). À época de seu governo
Natal era um lugarejo pequenino e sem expressão; todo o interesse era
estratégico e militar, constituído pela Fortaleza dos Reis Magos, diz CÂMARA
CASCUDO (op. cit., ibidem), deduzindo tal fato pela distribuição dos gastos da
Capitania naquele exercício: No ano de 1615 a despesa da Fazenda Real com a
Capitania do Rio Grande foi de 3.293$950. Ao funcionalismo (civil) coube
110$000 e ao pessoal de guerra, 3.183$950. Natal era uma fortaleza e o
interesse consistia em sua guarnição militar, reitera, apresentando números
(1984, p. 411). A única receita da Capitania provinha da produção do Engenho
Cunhaú. Percebe-se, ao observar-se esta realidade econômico-financeira, a
impraticabilidade de uma ação administrativa mais consistente, do que
provavelmente decorre serem extremamente rarefeitas as referências históricas
sobre seu desempenho. Há, inclusive, desencontro informativo sobre o ano de sua
substituição por Ambrósio Machado: Parece certo que esteve no governo até 1617
(TAVARES DE LIRA, 1982, p. 4); (...) o governo deste capitão-mor só terminou em
1618 (VICENTE DE LEMOS, op. cit. ibidem).
FONTE
– FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO
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